O FALSO PROFETA

O FALSO PROFETA


Falso profeta no grego. Pseudoprophetes. Quem, agindo como um profeta divinamente inspirado declara falsidades como se fossem profecias divinas.
Os falsos profetas sempre usam o sobrenatural como recurso para atrair as pessoas. O teste de Deuteronômio 18.20-22 só é decisivo quando a palavra não se cumprir. Se o profeta passar no teste, será necessário investigar o seu conteúdo doutrinário. O simples fato de uma profecia ou previsão cumprir-se ou mesmo de uma operação de maravilhas ocorrer não é suficiente para reconhecer a legitimidade de um profeta. Daí a necessidade dos avisos solenes ao povo de Deus contra as suas ciladas. Jesus advertiu os seus discípulos dizendo que eles “vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15).

Prodígios dos falsos profetas.
 
“Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24.11). “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt 24.24).
Estas palavras dão o verdadeiro sentido do termo prodígio. Na acepção teológica, os prodígios e os milagres são fenômenos excepcionais, fora das leis da Natureza. Sendo estas, exclusivamente, obra de Deus, pode ele, sem dúvida, derrogá-las, se lhe apraz; o simples bom senso, porém, diz que não é possível haja ele dado a seres inferiores e perversos um poder igual ao seu, nem, ainda menos, o direito de desfazer o que ele tenha feito. Se, portanto, de acordo com o sentido que se atribui a essas palavras, o Espírito do mal tem o poder de fazer prodígios tais que os próprios escolhidos se deixem enganar, o resultado seria que, podendo fazer o que Deus faz, os prodígios e os milagres não são privilégio exclusivo dos enviados de Deus e nada provam, pois que nada distingue os milagres dos santos dos milagres do demônio. Necessário, então, se torna procurar um sentido mais racional para aquelas palavras.
Para o vulgo ignorante, todo fenômeno cuja causa é desconhecida passa por sobrenatural, maravilhoso e miraculoso; uma vez encontrada a causa, reconhece-se que o fenômeno, por muito extraordinário que pareça, mais não é do que aplicação de uma lei da Natureza. Assim, o círculo dos fatos sobrenaturais se restringe à medida que o da Ciência se alarga. Em todos os tempos, houve homens que exploraram, em proveito de suas ambições, de seus interesses e do seu anseio de dominação, certos conhecimentos que possuíam, a fim de alcançarem o prestígio de um pseudo-poder sobre-humano, ou de uma pretendida missão divina. São esses os falsos Cristos e falsos profetas. A difusão das luzes lhes aniquila o crédito, donde resulta que o número deles diminui à proporção que os homens se esclarecem. O fato de operar o que certas pessoas consideram prodígios não constitui, pois, sinal de uma missão divina, visto que pode resultar de conhecimento cuja aquisição está ao alcance de qualquer um, ou de faculdades orgânicas especiais, que o mais indigno não se acha inibido de possuir, tanto quanto o mais digno. O verdadeiro profeta se reconhece por mais sérios caracteres e exclusivamente morais.
As Escrituras ensinam que Deus pode provar seu povo, permitindo, a manifestação do sobrenatural de fontes estranhas. É até possível, às vezes, o cumprimento das palavras ou profecias deles, mas sob a permissão de Deus (Dt 13.2). Jesus advertiu, no sermão profético, que o Anticristo virá fazendo sinais, prodígios e maravilhas. No livro de Apocalipse, lemos que a besta será adorada e admirada por todos os moradores da terra por causa dos sinais sobrenaturais. Portanto, não é somente o cumprimento de uma palavra ou uma operação de maravilhas que vai autenticar um profeta.

Como podemos identificar o falso do verdadeiro?

A primeira e mais segura regra de autenticação dos prodígios realizados por alguém é a sua coerência bíblica. É impossível alguém operar milagres da parte do Senhor e, ao mesmo tempo, adotar uma teologia contrária à Bíblia, ou seja, quem ensina ao povo a seguir a um deus estranho está incitando a rebelião contra Deus (Dt 13.5).
Nem sempre é possível distinguir o produto falso do verdadeiro apenas pela embalagem, mas pelo seu conteúdo. Assim, ensinou Jesus que eles serão identificados pelos frutos, (Mt 7.15-20), ou seja, pelo conteúdo, e não pela aparência. É, pois, necessário compreender o que ele estava dizendo com a expressão: “Por seus frutos os conhecereis”. Será que Jesus falava de uma vida piedosa? Há muitos piedosos e, em sua ignorância, apesar da honestidade e boa conduta, são adeptos de religiões falsas e de seitas sectárias. Ao falar dos “frutos”, o Senhor Jesus Cristo referiu-se mais ao conteúdo teológico do pregador milagreiro e enganador.
A chave principal para se descobrir a procedência espiritual de um profeta é saber qual a sua posição teológica. Como a Bíblia é vista por ele, qual o seu pensamento em relação à pessoa de Jesus Cristo, se ele realmente crê na humanidade e divindade de Cristo, e se crê que Ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou pelos nossos pecados e ressuscitou corporalmente dentre os mortos. O que ensina a Trindade? E sobre a salvação? Sobre o Espírito Santo. Sobre o pecado e a igreja? Mesmo assim, convém fazer uma investigação criteriosa, pois os falsos profetas são peritos na arte do disfarce, usam os mesmos termos cristãos, mas com sentido diferente.
Nos dias do profeta Jeremias já existiam falsos profetas, aqueles que usavam o nome do Senhor Deus em vão para tirar o povo de Deus do Caminho da Verdade. Nos dias de Jesus estes tais também estavam como líderes, para enganar o povo e levá-lo a não a crer no Messias. Por isso Jesus diz:

“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mt 7.15-16).
 
Os falsos profetas usam a sutileza enganosa, até choram nas suas homilias para impressionar seus ouvintes. Dizem que o Espírito de Deus está dizendo, mas, na verdade o Senhor não disse coisa alguma. Usam o nome do Senhor em vão:
“Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei! Sonhei! Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras e que são só profetas do engano do seu coração?” (Jr 23.25-26).
A exigência básica para alguém ser um profeta do Antigo Testamento: devia estar de acordo com as Escrituras e no Conselho de Jeová. (Jr 23.22). No Novo Testamento as exigências de Deus estão acima da Antiga Aliança. O pregador que está no lugar de profeta deve: esmerar-se no ensino (Rm 12.7), ensinar a verdade sem distorção a sã doutrina (Tt 2.1; 1ª Tm 6.3-5.3), ter humildade (Mt 11.28), fruto (Gl 5.22-23), ser o exemplo (1ª Tm 3.12).

O discernimento do povo de Deus.
Já que Deus responsabiliza todos nós, precisamos estar cientes da nossa obrigação de discernir uma liderança adequada e digna de ser seguida. Um dos dons espirituais mais necessários é o de discernimento. Isto porque o falso profeta, sendo um imitador muito eficiente, pode confundir o povo de Deus, uma vez que suas mensagens concordam com aquilo que as pessoas esperam, gostam e sonham. Entretanto, o crente que teme a Deus tem o discernimento, mediante o Espírito Santo, para distinguir a verdade do erro. Alguns exemplos bíblicos demonstram que, às vezes, a mentira e a verdade estão mais que evidentes (Êx 7.12; 1º Rs 22.18,37). Oremos, pois, a Deus, rogando-lhe o dom de discernimento de espíritos.

A FALSA MENSAGEM PROFÉTICA
 
O falso prega a sua palavra.
“Eis que eu sou contra esses profetas, diz o SENHOR, que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse” (Jr 23.31).
Os falsos profetas são aqueles que pregam a sua própria palavra, os seus conceitos e conjectura da sua dominação como se fosse Deus estivesse falando. São mentirosos, pilantras, adúlteros porque roubam as palavras do Senhor, e mudam o verdadeiro sentido bíblico.
Nos dias dos Profetas Jeremias e Ezequiel, o povo havia se desviado dos caminhos do Senhor e seguido os ensinamentos de falsos profetas que induziam o povo ao erro, ao pecado e à apostasia, fazendo com que o povo israelita entrasse numa crise religiosa e recebesse a recompensa pelo seu erro.
O livro de Ezequiel registra a atividade de um profeta durante o exílio da Babilônia. Sua mensagem foi dirigida para seus companheiros de exílio, e igualmente ao povo hebreu que ainda se encontrava na Palestina. Ezequiel profetizou antes do exílio e Jeremias durante o exílio. O longo ministério de Jeremias durou cerca de quarenta anos, se estendeu desde 625 a.C. até poucos anos depois que Judá deixou de ser Estado, em 586 a.C. Mais de cinqüenta anos Israel esteve em apostasia religiosa. O Senhor Deus levantou Ezequiel como um atalaia para alertar o povo:
 
“Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel: da minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte. Mas, quando eu falar contigo, darei que fale a tua boca, e lhes dirás: Assim diz o Senhor teu Deus: Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir deixe; porque são casa rebelde” (Ez 3.17, 27).

Os verdadeiros adoradores são aqueles que ouvem e praticam verdadeiramente a Palavra de Deus. “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra de Deus e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1.22).

A apostasia enfraqueceu o estado judaico política e religiosamente, tornando inevitável a queda de Jerusalém, em 586 a.C. Com isto a Babilônia levou o povo para o exílio (escravidão). Sempre que o povo israelita rejeitava a Palavra ensinada pelos profetas, o Senhor Deus permitia o castigo ou o exílio, para que houvesse arrependimento em seus corações.

Ao profeta Jeremias diz o Senhor:
“Põe-te à porta da Casa do Senhor, e proclama ali estas palavras, e dize: Ouvi a palavra do Senhor, todos de Judá, vós, os que entrais por estas portas, para adorardes ao Senhor. Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, Templo do Senhor” (Jr 7.2, 4).
Os profetas de Deus, embora sofressem perseguição dos homens, tinham comunhão com o seu Senhor. Mas os falsos profetas, Deus os comparava a raposas em ruínas:

“Os teus profetas, ó Israel, Israel, são como raposas entre ruínas” (Ez 13.4). Raposas em ruínas são profetas inúteis, mentirosos, enganadores e falsos, que fazem o povo errar o caminho.

São profetas sem mensagens.
Deus os chama de profetas sem palavras, mas para ganhar popularidade entre o povo dizem o que o Senhor não disse.

“Assim diz o Senhor: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito sem nada ter visto! Tiveram visões falsas e adivinhação mentirosa os que dizem: o Senhor disse; quando o Senhor os não enviou; e esperam o cumprimento da palavra. Não tivestes visões falsas e não falastes adivinhação mentirosa, quando dissestes: O Senhor diz, sendo que eu tal não falei? Portanto, assim diz o senhor Deus: Como falais falsidade e tendes visões mentirosas, por isso, eu sou contra vós outros, diz o Senhor Deus. Minha mão será contra os profetas que têm visões falsas e que adivinham mentiras; Não estarão no conselho do meu povo, não serão inscritos nos registros da casa de Israel, nem estarão na terra de Israel. Sabereis que eu sou o Senhor Deus. Visto que andam enganando, sim, enganando o meu povo, dizendo: Paz, quando não há paz, e quando se edifica uma parede, e os profetas a caiam” (Ez 13.3-10)

Deus é cruel com os falsos profetas: os chamas de: Loucos (v. 1); que seguem seu próprio espírito (v. 1); têm visões falsas (v. 6); são mentirosos (v.6); usam em vão o nome do Senhor (v. 6-7); falam falsidades (v.8); receberam o castigo de Deus (v. 9); não tomam conselho com o povo, ou seja, são soberanos e ditadores (v. 9); são enganadores (v. 9); falam de paz, mas dispersam o povo (v.10).
 
“Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?” (Jr 5.30-31)

Muitas pessoas, por vários motivos, sentem-se totalmente desacreditados na sua comunhão com Deus e acabam entregando as decisões mais importantes de suas vidas a alguém que intitulou-se “profeta”. Passam a ser iludidas e manipuladas, o que resultará certamente em fortes decepções.
Profecia nunca vem para dirigir a vida das pessoas, mas para confirmar uma direção pessoal de Deus. Ou, também, quando alguém resiste a convicção do Espírito Santo acerca de pecados encobertos, Deus levanta os Seus profetas. O pior é quando Deus levanta alguém para denunciar nosso pecado fechamos o coração e acabamos caindo nas mãos dos falsos profetas que falam apenas o que queremos ouvir.
A profecia pode ter três fontes: Deus, o diabo e a alma do profeta. Toda profecia precisa ser julgada criteriosamente segundo o caráter de Deus e os princípios da Sua Palavra.
São profetas estúpidos.
“Porque os pastores se tornaram estúpidos e não buscaram ao Senhor; por isso, não prosperaram, e todos os seus rebanhos se acham dispersos” (Jr 10.21).
Pastores aqui é a figura de vários governadores, tanto espiritual como civis (Jr 2.8; 3.15; 23.1). Geralmente considerados como “sábios”, mas aqui é notório por causa da sua estupidez. São pastores maus, estúpidos, mal tratam os fiéis, não têm prosperidade de Deus, são fingidos, e por isso dispersam o rebanho. Mas naquele dia o Senhor porá à prova os falsos profetas; O Senhor Deus é contra esses profetas. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor! Porventura não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi, explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais iniqüidade” (Mt 7.22-23).

Profetas mentirosos.
Jeremias 23.16, 21, 25, 31-32 diz: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvido às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. 21 Não mandei estes profetas, todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; contudo, profetizam. 25 tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, proclamam mentiras em meu nome, dizendo: sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam o engano do próprio coração? 31 Eis que eu sou contra esses profetas, diz o Senhor, que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse. 32 Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, e os contam, e com suas mentiras e leviandades fazem errar o meu povo; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o Senhor”.
Enchem-vos de falsas esperanças (v.16); ensinam falsas revelações (v 16); não têm mensagens (v. 21); proclamam mentiras e enganam o povo (v. 25); fazem errar o povo com suas mentiras (v. 31). O Senhor Deus é categórico em afirmar que é contra estes impostores e que um dia irá julgá-los com justiça.
O profeta do V. T. tinha como função, ensinar a Lei ao povo e adverti-los contra os falsos profetas que ensinavam heresias e faziam o povo cair em iniqüidades.

“Tu, ó filho do homem, põe-te contra as filhas do teu povo que profetizam de seu coração, profetiza contra elas” (Ez 13.17).

Profetas porta voz e sacerdotes tornaram-se opressores, enganadores, falsos e mentirosos para o povo de Israel: “coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?” (Jr 5.30-31). E também: “Os opressores do meu povo são crianças (às vezes adultos também) e mulheres estão à testa do seu governo” (Is 3.12).

PREGAM UMA FALSA MENSAGEM

O falso profeta Hananias. No início do reinado de Zedequias, o profeta Jeremias colocou sobre seu pescoço uma canga de madeira com tiras de couro (Jr 27.1-2; 28.10, 12-13) e foi enviado por Deus a Judá e a Jerusalém (Jr 27.3), exortando o povo á submissão ao rei de Babilônia (Jr 27.-6-8). Assim como o boi é dominado pelo jugo de seu dono, as nações deveriam sujeitar-se ao domínio dos caldeus, pois seria inútil tentar livrar-se de Nabucodosor (Jr 27.13-13).
No mesmo ano em que o Senhor transmitiu essa mensagem por meio de Jeremias, surgiu um falso profeta – “Hananias”, filho de Azur, o profeta de Gibeão” (Jr 28.1), para confrontar a mensagem do arauto de Deus. O falso profeta Hananias desafiou o profeta de Deus no templo de Jerusalém diante do povo e dos sacerdotes. A Palavra de Deus adverte-nos de que haverá entre nós, na própria igreja, falsos profetas (2ª Pe 2.1-2; At 20.30; 1ª Tm 4.1; 1ª Jô 4.1).
O farsante Hananias procurava contradizer a mensagem de Jeremias acerca do destino de Joaquim filho de Jeoaquim (Jr 37.1) e do fim do cativeiro. O profeta de Deus afirmava ser impossível Jeoaquim retornar de Bbilônia (Jr 22.24-27), o que realmente aconteceu, pois o rei veio a morrer em Babilônia durante o reinando de Evil-Merodaque (Jr 52.31-34; 2º Rs 25.-27-30).
Contudo, o falso profeta Hananias trouxe uma mensagem que todos queriam ouvir: a volta de Joaquim e o fim do jugo caldeu em dois anos (Jr 28.2-40).
Era, portanto, a palavra dele contra a de Jeremias, e isso colocava o homem de Deus em desvantagem, pois o povo esperava uma mensagem de triunfo.
Apesar de um discurso bonito e de uma mensagem agradável , faltava ainda o teste do tempo. Como ensina Deuteronômio 18.22. A Bíblia ensina que o profeta só será reconhecido como tal após suas predições se cumprirem (28.29).

Os dias hodiernos não são diferentes.
O falso profeta é aquele que agrada todo mundo. Seu dever é dar testemunho de Deus, mas ele não vê Deus e prefere não ver porque vê muitas outras coisas. Segue seus pensamentos humanos, conserva-se interiormente calmo e seguro, evita habilmente tudo quanto o incomoda. Não espera senão poucas coisas ou mesmo nada da parte de Deus. Pode calar-se, mesmo quando vê homens atravancando seus caminhos de pensamentos, de opiniões, de cálculos e de sonhos falsos, porque eles querem viver sem Deus. Retira-se sempre quando devia avançar. Compraz-se sempre quando é chamado de arauto do evangelho, condutor espiritual e servidor de Deus, mas só serve aos homens. Sonha, às vezes, que fala em nome de Deus, mas não fala a não ser em nome da sua dominação.
Ele sabe que o caminho e a conduta que segue não são verdadeiros, mas não quer incomodar nem a si mesmo, nem aos outros; por isso é que diz: ‘continuemos prudentemente e sempre alegres em nossos caminhos atuais; não podemos mudar os marcos antigos’.
Ele sabe que Deus quer tirar os homens do engano, da impiedade, e que a luta espiritual deve ser travada. Ele sabe que Deus quer mudar os odres velhos mas, no entanto, ele prega a paz e a bonança. Ele sabe que Deus esta insatisfeito com o sistema, mas ele deixa reinar o espírito do medo, do engano, de Mamom, da violência – a muralha construída pelo povo (Ez 13.10), o muro oscilante manchado. Ele o disfarça pintando de cores suaves e consoladoras da “religião” para o contentamento de todo o mundo. Eis aí o falso profeta.
Deixe que eu lhe diga mais uma coisa bem clara: sempre que você vir pessoas possuídas por uma espiritualidade exibicionista, tome cuidado. Jesus, nossa suprema referência de espiritualidade, curava, libertava e realizava prodígios com extrema discrição (Mt 12.19; Mc 3.12). E quando o povo ficava sabendo de seus poderes espirituais isso acontecia em função de fatos, ou seja, de pessoas que tinham sido realmente beneficiadas por ele (Mc 7.36). Os fatos falavam sempre mais alto na vida de Jesus. Não o vemos reunindo grupos de pessoas na casa de Pedro para falar das curas que realizava em outra cidade.
Não. Ele nem falava do que já havia feito. Ele simplesmente fazia (Jo 10.25). Quem fala que faz geralmente não faz. Quem faz, faz. Não fala que fez.

O FALSO PROFETA DESMASCARADO
 A arrogância de Hananias. Duas características de um falso profeta são a audácia e arrogância. E o falso profeta Hananias apresentava essas más qualidades. A Palavra de Deus diz que, enquanto o profeta Jeremias representava a situação futura de Israel usando um jugo no pescoço, Hananias tomou o jugo e, diante do povo quebrou-o reafirmando seu discurso positivista:
“Assim quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia, depois de passados dois anos completos” (Jr 28.11).
Era uma situação difícil para Jeremias, que limitou-se a “tomar o seu caminho”. Para nós, que estamos cientes de que a verdade estava do lado de Jeremias, é fácil compreender. Todavia, imagine o povo naquela época assistindo esse embate, com o agravante do falso profeta usara chancela (ainda que falsa) de uma suposta autoridade espiritual:“Assim fala o SENHOR dos Exércitos ̶ ou “assim diz o SENHOR” (vv.2,4,11). Como discernir o verdadeiro do falso?

O jugo de madeira é substituído por um de ferro (vv. 13-14).
A ousadia de Hananias acarretou ainda mais a ira divina. Deus mandou Jeremias voltar e declararão falso profeta: “Jugos de madeira quebraste. Mas, em vez deles, farei jugos de ferro” (v.13). Dessa forma, a servidão seria ainda pior, pois, agora o jugo seria de ferro, ou seja, ninguém poderia quebrá-lo (v.14).

O julgamento do falso profeta Hananias e a confirmação de Jeremias como profeta de Deus (vv.15-17). Como tudo tem o seu tempo, chegou a hora de o falso profeta Hananias ser desmascarado. Disse-lhe Jeremias: “[...] não te enviou o SENHOR, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras” (v. 15). A mensagem do falso profeta, apesar de agradável, era falsa; não provinha do Senhor. Noutras palavras, era uma mentira ruinosa que contribuiu para a queda da nação e o exílio do povo.
Hananias pagaria com a própria vida por sua rebelião contra o Senhor; disse-lhe Deus: “Eis que te lançarei de sobre a face da terra; este ano, morrerás, porque falaste em rebeldia contra o SENHOR” (v.16). Essa era a pena que a lei determinava para os falsos profetas (Dt 18.20).
O início do confronto entre o verdadeiro e o falso profeta aconteceu no “quinto mês” (v. 1). Hananias morreu “no mesmo ano, no sétimo mês” (v. 17). Isso mostra que a profecia de Jeremias cumpriu-se em menos de dois meses. Hananias foi desmascarado e morto; Jeremias, confirmado como profeta de Deus. Por que o povo não se arrependeu de seus pecados, e continuou a confiar nas mentiras dos falsos profetas? A resposta é simples: os rebeldes optam por acreditar apenas naquilo que lhes agrada. Essa é a tendência do ser humano.

JOÃO BATISTA O ÚLTIMO PROFETA
 
João Batista é o personagem que demarca a transição da Antiga Aliança para a Nova Aliança e serve de ponte entre o Antigo e o Novo Testamento. Além disso, foi o precursor do Messias e tinha como uma de suas principais atividades o batismo em água. De certa forma, acabou introduzindo o rito, que veio a tornar-se a primeira ordenança da Igreja. Nesta oportunidade, trataremos da origem, ministério e mensagem de João Batista, o último profeta veterotestamentário.
  
1. A personalidade de João Batista.

A. O testemunho de Jesus (v.7a). Pouco tempo após batizar o Senhor Jesus, João Batista foi preso. Ao ouvir acerca das realizações de Cristo, ele mandou que dois de seus discípulos fossem até ao Senhor e o inquirisse acerca do cumprimento de sua missão messiânica (Mt 11.3). Jesus mandou então que contassem a Batista, na prisão, “as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho” (Mt 11.4,5). Isto é, não havia apenas sinais no ministério do Senhor Jesus Cristo, mas também e, principalmente, a mensagem do evangelho.

B. Sua espiritualidade e devoção (v.7b). Após essa resposta, o Senhor Jesus passa a falar sobre a grandiosidade do ministério de João Batista. O Filho de Deus revela que o povo não saiu ao deserto para ouvir qualquer pessoa, mas um homem destemido e cheio do Espírito Santo; um homem que falava a verdade divina, exortando os pecadores ao arrependimento; um homem que não temia as ameaças dos poderosos. Era inconcebível pensar que João Batista havia fraquejado por estar preso, pois ele não era “uma cana agitada pelo vento”, mas um vigoroso cedro capaz de resistir a fortes tempestades. Ele estava na masmorra de Herodes (Mt 14.10-12), porém, demonstrava um forte compromisso e preocupação com a obra de Deus.

2. João Batista como precursor do Messias; e a comparação com o profeta Elias.

A. “Muito mais que profeta” (v.9). O testemunho público de Jesus confirma o que o Espírito Santo havia falado por boca de Zacarias: João seria “profeta do Altíssimo” (Lc 1.76). Cristo foi além; afirmou que João era “muito mais do que profeta”. Ele declarou ser o Batista um mensageiro enviado por Deus como o precursor do Messias (v. 10), cumprindo assim a profecia de Malaquias (Ml 3.1). Jesus acrescentou que dentre os mortais, não houve ninguém maior do que João (v.11). E isso, por algumas razões: a) Porque os profetas falaram a respeito de João (Is 40.3; Ml 3.1); b) porque João teve o privilégio de ver o cumprimento principal dos oráculos proféticos do Antigo Testamento: O Senhor Jesus; c) por ter sido o precursor do Messias; d) porque batizou o Senhor Jesus nas águas; e) porque pode participar da salvação que os profetas apenas predisseram; e finalmente f) porque chegou ao clímax do ministério profético, tal como havia no Antigo Testamento (Lc 16.16).

B. O término da dispensação da Lei (v.13).

A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele” (Lc 16.16).
Pelas razões acima apresentadas, João é o mais excelente de todos os profetas; com ele se encerra a Antiga Aliança. João Batista é o único personagem do Novo Testamento com quem Deus se comunicava da mesma maneira que Ele falava aos profetas do Antigo Testamento: “[...] veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias” (Lc 3.2 — ARA; cf. Jr 1.2).

C. “O Elias que havia de vir” (v.14). Ao comparar o ministério de João Batista ao de Elias, Jesus confirma o oráculo de Malaquias (4.5,6). Em outras palavras, João veio na virtude e no espírito de Elias (Lc 1.17), ou seja: exercendo um ministério igual ao de Elias. E o Senhor Jesus o reafirma em outra ocasião (Mt 17.12,13). Isso, porém, não deve levar ninguém a pensar que João era Elias reencarnado por duas razões básicas: Elias foi arrebatado vivo para o céu, portanto, não morreu (2 Rs 2.11). Além disso, reencarnação é algo que não existe e nem é permitido por Deus (2 Sm 12.23; Sl 78.39; Hb 9.27).
Elias e João Batista tinham as mesmas características: ambos vestiam-se de pelos e usavam cinto de couro (2 Rs 1.8; Mt 3.4), ministravam no deserto (1 Rs 19.9,10,15; Lc 1.80), e eram incisivos ao pregarem contra reis ímpios (1 Rs 21.20-27; Mt 14.1-4).

O papel de João Batista como um precursor do Messias o colocou numa posição de grande privilégio, descrito como “muito mais do que profeta” (11.9), como não havendo ninguém maior do que ele. Nenhum homem jamais cumpriu este objetivo dado por Deus melhor do que João. Ainda assim, no Reino de Deus que está chegando, o menor terá uma herança espiritual maior do que João, porque ele viu e conheceu a Cristo e a sua obra concluída na Cruz. João morreria antes que Jesus morresse e ressuscitasse para inaugurar o seu Reino. Como seguidores de Jesus testemunharão a realidade do Reino, eles terão privilégios e um lugar maior do que João Batista. Todos os profetas das Escrituras tinham profetizado a respeito da vinda do Reino de Deus. João cumpriu a profecia, pois ele mesmo era o Elias que havia de vir (Ml 4.5). João não era Elias ressuscitado, mas ele assumiu o papel profético de Elias — o de confrontar corajosamente o pecado e mostrar Deus às pessoas (Ml 3.1). [Comentário do Novo Testamento, Aplicação Pessoal. Vol.1. RJ: CPAD, 2009, p.76-7].
Quando Jesus veio a este mundo e foi batizado por João Batista, o evangelho do reino do céu começou.
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COMO JULGAR UM PROFETA

“Meus queridos amigos, não acreditem em todos os que dizem que têm o Espírito de Deus. Ponham à prova essas pessoas para saber se o espírito que elas têm vem mesmo de Deus; pois muitos falsos profetas já se espalharam por toda parte. É assim que vocês poderão saber se, de fato, o espírito é de Deus: quem afirma que Jesus Cristo veio como um ser humano tem o Espírito que vem de Deus. Mas quem nega isso a respeito de Jesus não tem o Espírito de Deus; o que ele tem é o espírito do Inimigo de Cristo. Vocês ouviram dizer que esse espírito viria, e agora ele já está no mundo. Meus filhinhos, vocês são de Deus e têm derrotado os falsos profetas. Porque o Espírito que está em vocês é mais forte do que o espírito que está naqueles que pertencem ao mundo. Eles falam das coisas do mundo, e o mundo os ouve porque eles pertencem ao mundo. Mas nós somos de Deus. Quem conhece a Deus nos ouve, mas quem não pertence a Deus não nos ouve. É desse modo, então, que podemos saber a diferença que existe entre o Espírito da verdade e o espírito do erro” (1ª Jo 4.1-6).
 
Como poderemos saber se o profeta é de Deus ou não? Os profetas devem ser provados (Jo 4.1). Pela Palavra de Deus podemos julgar. Aliás, a própria Palavra é quem julga. “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia” (Jo 12.48).

No Novo Testamento, Cristo deixou os ministérios para a edificação da Igreja (Ef 4.11). Os profetas de hoje têm a responsabilidade e função de: cuidar, advertir e ensinar a igreja pela Palavra. Uma igreja cristã bem ensinada está alicerçada na Rocha, mas, se está a mercê, com certeza sofrerá ataques do adversário.
Os que hoje detêm o dom profético não mais possuem a autoridade e as prerrogativas dos mensageiros divinos dos tempos bíblicos. Nesta dispensação, o dom profético tem como função exortar, consolar o povo de Deus; jamais modificar artigos de fé, alterar doutrinas ou trazer novas revelações (1ª Co 14.26-40; Ap 22.18-19).
Um ministro que não ensinou conforme a sã doutrina de Cristo e a interpretou a seu bel-prazer, sofrerá um julgamento acentuado, pois o mestre Jesus diz que alguns serão atados de pés e mãos e lançados no inferno.
Saul deixou de cumprir (obedecer) a Palavra do Senhor, por isso Ele o rejeitou. Saul é rejeitado definitivamente e, em conseqüência, sofre de perturbação e, no final de sua vida, teve uma morte trágica.
Mudar o sentido da Palavra é um dos piores pecados. Quem o fizer receberá duro juízo de Deus. Ser um ministro do evangelho é bom, mas sem conhecimento leva-o para um juízo mais severo, porque não estamos tratando com os negócios dos homens, mas de Deus.
“Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo” (Tg 3.1).
À primeira impressão parece que não devemos ser mestres. Mestre assim como pastores, são dons de Deus para a edificação de Sua Igreja (Ef 4.11; 1ª Co 12.28). O mestre molda as mentes imaturas para o bem ou para o mal.
O juízo mais acentuado é para aqueles que não tiveram humildade e responsabilidade de ministrar um ensino correto aos seus seguidores, ou seja, mudaram a verdade da Palavra. É por isso que Paulo prescreve aos Romanos:
“A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça” (Rm 1.18). E para os fariseus Jesus diz: “... sofrereis juízos muito mais severos!” (Mt 23.14).
Segundo a lei de Moisés, aquele que era apanhado em pecado, por duas ou três testemunhas, era morto.
“De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?”.
“Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; Pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma”  (Hb 10 26-31, 38 e 39).
Podemos considerar como apóstatas aqueles que deixam a fé, negam a fé e aqueles que mudam o sentido da Palavra. Aqueles que desprezam as verdades bíblicas e fazem a obra de Deus de qualquer maneira serão malditos (Jr 48.10; Gl 1.9), e condenados ao fogo eterno.
Aqueles que pisam no sacrifício de Jesus são chamados de profanos, pois assim como o profano Esaú, que trocou a primogenitura por um prato de alimento, assim são chamados aqueles que saem da graça de Cristo para outro evangelho (Gl 1.6), trocam a fé pela conjectura denominacional.

TATUAGENS & PIERCINGS E ALARGADORES.

dezembro 14th, 2011

A tatuagem é uma marca ou um desenho permanente no corpo e que se faz introduzindo pigmentos na pele. Piercing é uma forma de modificar o corpo humano, normalmente furando-o a fim de introduzir peças de metal esterilizado. Alargar no contexto de body-piercing é a expansão deliberada de uma qualquer cicatrizada fístula(furo na pele). Os lóbulos das orelhas são o local mais comum, assim como septos nasais, língua, cartilagens e lábio

Conforme a ocasião, é realizada para obter proteção mágica contra a enfermidade ou a desgraça; também é usada para identificar a marca de seu dono, seu estado ou pertença a um determinado grupo. Estas práticas estão inseridas no contexto da pós-modernidade que diz que tudo é relativo, cada um tem a sua verdade. É satanás preparando o mundo para a chegada do anticristo.

O “Dicionário dos Símbolos“, de Chevalier-Cheerbrant (Herder, Barcelona 1991, página 980), diz: “a tatuagem pertence, em suma, aos símbolos de identificação e está impregnada de todo seu potencial mágico e místico. A identificação tem sempre um duplo sentido: tende a atribuir a um sujeito as virtudes e as forças do ser-objeto ao qual se assemelha; porém, tende também a imunizar o primeiro contra as possibilidades maléficas do segundo. A identificação implica também um sentido de dom, inclusive de consagração ao ser simbolicamente representado pela tatuagem; é, então, um sinal de aliança.”

Os romanos tatuavam os criminosos e os escravos. Com a chegada do cristianismo, a tatuagem foi proibida. Para os esquimós do Alasca, o piercing do lábio e na língua significavam o momento da transição para o mundo adulto e significava que a criança tinha se tornado caçador. Na Índia é muito comum, sobretudo as mulheres, furarem o nariz, o septo nasal e as orelhas

Nem tudo é conveniente para o cristão. Há que se usar o bom senso em cada situação.     
1 Coríntios 6:12 alerta: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.

Creio que o jovem cristão que pensa em se utilizar de algum tipo de adorno que transforme permanentemente – ou não – o seu corpo, precisa antes ponderar séria e demoradamente sobre algumas questões:

1. Por que quero fazer isso no meu corpo? “…quer vocês comam, bebam, ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para glória de Deus.” (I Co 10:31)

2. Isto prejudicará outras pessoas? “…façamos o bom propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão.” Rm 14:13

3. Esta decisão viola de alguma maneira a autoridade dos seus pais, líderes espirituais ou governo? “Aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu” (Rm 13.2)

4. Vai causar algum tipo de mal ao meu corpo? “O homem bom cuida bem de si mesmo, mas o cruel prejudica o seu corpo.” (Pv 11:27)

5. Vai deformar de alguma forma a minha dignidade humana? “Vivam de maneira digna da vocação que receberam.” Ef4:1

6. Apresenta alguma aparência do mal? “Fujam da aparência do mal.” (I Ts5:22)

7. A natureza da prática dá lugar à carne, envolve magia, ocultismo, idolatria, exploração ou malignidade? “Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus” (Cl 3.17)

8. Trará edificação ou a glória de Deus? “Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.” (1Co 6.20)

9. Posso testemunhar da minha fé enquanto faço isso? “Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.” (1Pe 3.15)

10. Minha consciência terá paz se eu fizer assim? “Combata o bom combate, mantendo a fé e a boa consciência…” (I Tm1:18-19)

Uma resposta honesta a cada uma dessas perguntas é o que deverá definir sua escolha. São questões pessoais e diretamente ligadas à consciência, personalidade, ambiente, cultura e visão de mundo de cada indivíduo.


(Texto adaptado) Pr Manassés Brito. WWW. avivadapalavra

PRINCIPIOS IMUTÁVEIS DA PALAVRA DE DEUS.

PRINCIPIOS IMUTÁVEIS DA PALAVRA DE DEUS.

Princípio uma “regra que se funda num juízo de valor e que constitui um modelo para a ação”.
Imutáveis. Imutável é a qualidade daquilo que não muda. Os valores cristãos são imutáveis porque o Senhor Deus é imutável. Ele não muda (1 Cr 29.10; Sl 90.2),
MACROS PRINCÍPIOS IMUTAVEIS DA PALAVRA DE DEUS (oito).
I – Existe um Deus – O Criador
Existe um único Deus, soberano, criador de todas as coisas, Pai, Filho e Espírito Santo. Gn 1.1
II – A Bíblia é divinamente inspirada
Os sessenta e seis livros da Bíblia são divinamente inspirados por Deus. 2 Pedro 1.21 
III – Jesus Cristo é Deus e também homem
Jesus, o Cristo, é Deus – O Filho – a segunda pessoa da Trindade Divina. Nasceu da virgem Maria, concebido pelo Espírito Santo (Mt. 1.18-25; Lc. 1.26-38).
IV – O Espírito Santo é Deus e um Ser Pessoal
É o consolador enviado pelo pai para fortalecer a igreja. Mt 12.32
V – A pecaminosidade humana
A raça humana é pecadora. o Homem se corrompeu e se depravou. Rm 3.23
VI – Salvação pela fé, A Justificação
Devido ao sacrifício expiatório de Cristo, pela graça de Deus; a realidade do paraíso.  Rm 10.9
VII – A realidade do Inferno
Todo aquele que rejeita a Jesus Cristo e sua salvação gratuita já está condenado a ir para o Inferno no final dos tempos. Mt 10.28
VIII – O Retorno de cristo / consumação dos séculos
O Senhor Jesus Cristo retornará à terra uma segunda vez. Depois disso, haverá um julgamento final da humanidade. Atos 1.11 – Mt 10.28
Obs.: Cada um desses macros princípios é subdivido e vários outros princípios.
ESTA É A COSMOVISÃO CRISTÃ DE MUNDO.
O termo cosmovisão, quer dizer o modo pelo qual uma pessoa vê ou interpreta uma realidade. Para o cristão, a cosmovisão cristã vai colocar o entendimento do universo como criação de Deus, e todas as esferas de conhecimento, possíveis de estarem presentes na humanidade, como procedentes do Deus único e verdadeiro, Senhor do universo, comunicadas a nós por Cristo. 18/01/2015. Pr Manassés Brito




PENTECOSTES AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ONTEM E HOJE.

PENTECOSTES AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ONTEM E HOJE.
2015 a igreja revivendo o pentecostes.

O dia de Pentecostes está firmado na história. Pentecostes era a festa dos judeus celebrada 50 dias após a Páscoa. E foi durante uma celebração destas que o Espírito Santo de Deus veio sobre os apóstolos e os 120 discípulos em Jerusalém, cerca de 50 dias após a morte do Senhor, de acordo com Atos 2:1-4. Os cristãos se interessam pela data, portanto, por este motivo e não pela festa de Pentecostes em si.

A descida do Espírito naquele dia marcou o início da Igreja Cristã. Este que foi um evento da mesma magnitude que a morte e a ressurreição do Senhor Jesus. O Espírito Santo veio para capacitar os discípulos com poder para poderem pregar o Evangelho ao mundo,  o Espírito Santo agora habita na Igreja de Cristo, isto é, em todos que são realmente regenerados. Espírito Santo concede dons espirituais ao povo de Deus, Ele nos ilumina, santifica, guia e consola em nossas tribulações. Devemos buscar a plenitude do Espírito mediante a oração. Os nossos pecados entristecem o Espírito. O Espírito nos sela para a salvação, e é o penhor, a garantia que Deus nos dá de que haveremos de herdar o Seu Reino.
O que aconteceu em Pentecostes é um paradigma, um modelo e um padrão para hoje. A descida do Espírito, o revestimento de poder e as línguas faladas pelos apóstolos estão hoje à disposição da Igreja exatamente como aconteceu naquele dia no cenáculo em Jerusalém. Pentecostes foi o cumprimento das promessas dos profetas do Antigo Testamento de que o Messias derramaria Seu Espírito sobre Seu povo. Esse derramamento do Espírito marcou o início dessa era cristã na qual vivemos hoje chamada de “os últimos dias”. O derramamento do Espírito inaugurou a expectativa da segunda vinda de Cristo para buscar sua amada igreja.

Foi assim que Pedro entendeu, ao dizer que a descida do Espírito era o cumprimento das palavras de Joel (Atos 2). Pentecostes é um evento da história da salvação e à semelhança da morte e da ressurreição de Cristo, ele não se repete. E da mesma forma que hoje continuamos a nos beneficiar da morte e da ressurreição do Senhor, continuamos a beber e a nos encher daquele Espírito que já veio de uma vez por todas ficar na Igreja. Lloyd-Jones (1899-1981) enfatiza a necessidade de buscarmos este enchimento como uma experiência distinta da conversão. Vivido por John Wesley e George Whitefield em 1739 na Inglaterra, Charles Finney nos EUA 1821, William J. Seymour (1870-1922) na Rua Azuza em Los Angeles EUA, Gunnar Vingren e Daniel Berg, suecos batizados no Espírito Santo nos EUA 1909. Deram início no Brasil (1911) ao maior Movimento Pentecostal do mundo – as Assembleias de Deus no Brasil. 

O falar em  línguas é o sinal externo da descida do Espírito sobre uma pessoa. Assim, o cristão deve buscar esta experiência constantemente e encorajar os novos convertidos a fazer o mesmo. O Novo Testamento descreve a ação do Espírito Santo como o vento: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (João capítulo 3, versículo 8). Na sua comparação, Jesus deixa claro que a ação do Espírito de Deus não se limita ao que sabemos ou ignoramos. A ação do Espírito de Deus é geradora de novas perspectivas, de novas possibilidades e de renovada segurança, mesmo em meio ao caos e à indefinição.
O Espírito Santo o responsável por levar as pessoas ao arrependimento. Aliás, Pentecoste nos faz lembrar que o grande responsável tanto pelo novo nascimento e transformação das pessoas é o próprio Espírito Santo. Assim, Atos 2 nos mostra que apesar de a grande maioria dos cento e vinte cristãos serem humildes galileus, gente simples, o Espírito Santo nas vidas deles fez com que uma multidão fosse alcançada e impactada profundamente pela pregação. O apelo de Pedro em Atos 2.33 foi: Arrependam-se! A palavra grega para arrependimento é metanóia que significa uma mudança profunda. Só o Espírito Santo pode produzir isto dentro de uma pessoa.

O Espírito Santo nos une. A matemática do Espírito Santo é que uma multidão é UM. Um Corpo. Em João 17, temos a oração poderosa do Senhor Jesus em favor dos seus discípulos. E a grande ênfase desta oração sacerdotal de Jesus é em prol da unidade de seus discípulos. Que sejamos um - um Corpo unido a Deus. Isto é obra do Espírito Santo de Deus.


O Espírito Santo nos faz amar a Igreja de Jesus, a Noiva do Cordeiro. Quem é salvo declara que Jesus é o Senhor. Quem é batizado no Espírito Santo declara: Eu amo minha Igreja.

PORQUE SOMOS FRACOS E NECESSITADOS. Efésios 6:10, 18

INTRODUÇÃO: A condição humana. Somos dependentes do amor de Deus em cada momento de nossa vida, sem as misericórdias do nosso Deus, nada seriamos, nada poderíamos fazer, nada conseguiríamos realizar, mas o grande amor do Senhor por nós, faz a diferença daqueles que amam a sua palavra e o buscam a cada manhã.
I - REALIDADE DA NATUREZA HUMANA.  
A nossa natureza humana esta ferida desde o princípio. É uma ferida moral, que afeta a relação do homem com a verdade e o bem; uma estranha e persistente inclinação para a incoerência, para o mal, para se fazer o que não se deve.
II – EFEITOS DO PECADO ORIGINAL NA NATUREZA HUMANA.
A bíblia aponta os efeitos permanentes do pecado original, em quatro RUPTURAS
Significado: (rup. tu. ra). 1. Ação ou resultado de romper (-se),2. Interrupção de um processo, um relacionamento etc.: a ruptura de uma amizade.
a) A ruptura com Deus que se manifesta na dificuldade que temos de entrar em contacto com Ele (tendência a "fugir" dEle). Deus assusta-nos.
b) A ruptura interior do homem consigo mesmo que tem múltiplas manifestações: facilidade em enganarmo-nos quanto ao que devemos fazer; desordem nos sentimentos, fraqueza da vontade, obscurecimento da consciência.
c) A ruptura com os outros homens que se manifesta na facilidade para os mal-entendidos, o espírito de mexerico, dificuldade em perdoar, acumulação de agravos e ofensas que levam à vingança. Na convivência social aparecem os ódios, rancores, difamações.
d) A ruptura do homem com a natureza que faz com que esta apareça como inóspita, e seja maltratada. E manifesta-se também no próprio corpo do homem, nas doenças, na dor e na morte.
Não são simples falhas. Tem um pano de fundo maligno e nas suas manifestações mais duras, não se pode excluir uma manifestação do Maligno, chamado nos Evangelhos como Príncipe deste mundo e Pai da Mentira.
III - FORTALECIDOS PELA ORAÇÃO.
Sem uma ajuda especial de Deus, não é possível superarmos o mal; suturar as profundas feridas do pecado. Essa ajuda tem um nome especial:chama-se Graça (dom gratuito de Deus). Essa ajuda é obtida pela ORAÇÃO.
A oração é o modo de receber sustento, força, vigor e poder. A oração não é só feita de petições; a oração é, primariamente, amizade e comunhão com Deus.
1. POR QUE DEVEMOS ORAR?
Assim como o que ama sente a necessidade de expressar o seu amor à amada, assim também a criatura sente o desejo de expressar seus sentimentos ao Criador. O Criador deseja e pode ser contatado.
2. QUAL É A GRANDEZA DA ORAÇÃO?
A oração não pode ser ligada somente no âmbito das necessidades e satisfações de caráter humano. À base da oração deve imperar o desejo de fazer a vontade de Deus: "Todavia não seja feita a minha, mas a tua vontade" (Lc 22,42).
3. POR QUE NECESSITAMOS DA ORAÇÃO?
Em um mundo onde imperam os ídolos do dinheiro, dos desejos, das concupiscências, do poder, da mentira, das injustiças, da prepotência, da incredulidade e do pecado, a oração é necessária é o único instrumento para pedir socorro a Deus, pedir a força necessária para não ceder ao pecado.
CONCLUSÃO: A oração deve ser antes de mais nada um momento de alegria, de prazer, de descanso. É um instrumento para colocarmos a nossa ansiedade aos pés da cruz. Deve ser um momento de confissão da dependência, o reconhecimento que precisamos do Pai, a confissão que sem Ele não temos como viver ou fazer o que quer que seja.
Louvor: Preciso de Ti, preciso do teu amor, sou peque de mais, me dá tua paz.